Os usos sociais do dinheiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
Trabalho Final
Acredito que ao mesmo tempo em que seja fácil perceber as relações, situações ou práticas do cotidiano onde o dinheiro esteja envolvido, pois é algo tão comum e tão necessário, torna-se difícil identificar uma situação para refletir e relacionar com os textos, pelo próprio fato de estarmos tão relacionados ao dinheiro e às trocas que fazemos por meio dele. Esse costume que temos em relação a ele me fez lembrar a primeira aula, onde ocorreu uma conversa sobre o dinheiro e suas representações. Ou ainda me fez pensar nas funções que damos ao dinheiro, o porquê de querer acumula-lo, reserva-lo ou porque e com o que gastamos dinheiro.
Um texto que me fez pensar bastante nas relações que temos com o dinheiro foi o de Simmel e a modernidade, achei interessante, pois apesar de ser um texto de 1896 o autor faz uma discussão sobre certa “vulgaridade” do dinheiro, já que ele se caracteriza como o que compra tudo e todos, as coisas “impagáveis” passam a ter um valor muito maior e é justamente por isso que são coisas especiais. E é aí que um pouco do nó fica na minha cabeça. Valorizamos tanto o dinheiro e temos noção de que é a partir dele que poderemos realizar alguns sonhos, desejos entre outras coisas, então porque damos um valor ainda mais especial àquilo que dizemos que o dinheiro não pode comprar? É estranho pensar nisso, na verdade é difícil, pois são coisas opostas, conflitantes.
Na medida em que digo que é através do dinheiro que podemos ter sonhos realizados, como é que podemos dizer também que é sem ele que terei ou viverei situações que não tenho como estimar um valor. Por isso gostei muito do texto acima referido, pois ele demonstra as relações entre as pessoas e o dinheiro, mostra uma parte mais psicológica da importância dada ao dinheiro, que pode ser representado na forma de economia natural e economia do dinheiro.
Se, de acordo com o autor, os