Os tipos de ensino
Quando ensinamos uma determinada língua é possível realizar três tipos de ensino: prescritivo, descritivo e produtivo.
O ensino prescritivo possui suas próprias exigências, ou seja, tem por método, influenciar diretamente no que o aluno já tem, julgando esses conhecimentos errados e impõe outros como sendo corretos, usando a correção formal da linguagem. Portanto, esse ensino esta diretamente ligado a primeira aquisição da linguagem e a gramática normativa. Levando assim o aluno a dominar a norma culta (língua padrão), trabalhando com a variedade escrita.
O ensino descritivo tem seu foco na funcionalidade de determinada língua, ou seja, o modo que ela funciona. Vê relevância na língua materna, portanto é um ensino onde todas as variedades linguísticas são levadas em consideração. Não se baseia na alteração de uma linguagem previamente adquirida. Se restringe a gramática descritiva, mas não nega o trabalho com a gramática normativa, admite que o falante precisa ter algum conhecimento a respeito da instituição linguística a qual faz parte, com isso leva o aluno a pensar.
O ensino produtivo busca a maior eficiência da língua materna. Esse tipo de ensino quer que o aluno compreenda as diferenças e esteja preparado para usar as variedades da língua quando o mesmo julgar necessário, portanto é o mais adequado para desenvolver a competência comunicativa do aluno, estimula sua capacidade de analisar a língua como ferramenta de comunicação de maneira segura e individual, sem desenvolver uma dependência do professor, levando esse tipo de conhecimento para sua vida. Esse ensino inclui o domínio da norma culta e também da variedade escrita, sendo essa última, feita toda pelo ensino produtivo, já que o aluno não entra na escola já possuindo domínio sobre tal habilidade.
Há um consenso dentre os estudiosos sobre a validade dos ensinos: descritivo e produtivo, com ênfase no segundo. Em contrapartida, o mais utilizado nas escolas tem sido o ensino