os sufistas

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No século V a.C., Atenas vivia o auge de um regime de governo no qual os homens livres decidiam os interesses comuns a todos os cidadãos. Em outras palavras, eles determinavam, em discussões públicas, como a cidade deveria ser administrada. Era considerado cidadão o homem que possuísse alguma propriedade ( uma casa, pelo menos), que tivesse escravos, e que não fosse estrangeiro. Ou seja, nem todos participavam das decisões públicas; as mulheres, por exemplo, eram excluídas. Esse regime de governo era a democracia ateniense que, embora não garantisse os mesmos direitos para todas as pessoas, representou uma importante mudança no modo de ver o mundo, pois tinha como fundamento a idéia de que o homem tem soberania sobre seu destino.
As propostas que os cidadãos atenienses defendiam publicamente eram feitas por meio de discursos proferidos na ágora . Para obter a aprovação da maioria, esses pronunciamentos deveriam conter argumentos sólidos e persuasivos: falar bem e de modo convincente era considerado, portanto, um dom muito valioso. Por isso, havia cidadãos que procuravam aperfeiçoar sua habilidade de discursar, a fim de melhor convencer os outros. A necessidade de se expressar bem, juntamente com a importância que foi dada ao individuo, naquele período concebido como o senhor de seu destino, favoreceu o surgimento de um grupo de filósofos chamados sofistas , que dominavam a arte da oratória, isto é, o uso habilidoso da palavra. Esses filósofos eram originários de diferentes cidades e viajavam pelas póleis governadas da mesma forma democrática, especialmente Atenas, onde discursavam em público e ensinavam sua arte em troca de pagamento.
Os sofistas, entretanto, não foram somente professores, mas também estabeleceram uma corrente de pensamento própria. Sua preocupação filosófica se voltava para o homem e a vida em sociedade; as questões que ocuparam os pré-socráticos, dirigidas para a natureza e a essência do universo, foram colocadas em segundo plano.
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