Os sofistas
O termo grego sofista designa homem hábil ou sábio em qualquer assunto, significa 'mestre da sabedoria'. Eram professores que ensinavam por todas as partes da Grécia. Numa época em que a democracia grega exigia a confrontação pública dos cidadãos para resolverem os seus problemas comerciais e jurídicos, os sofistas ensinavam, em troca de uma remuneração, a persuasão e a retórica.
A partir de Platão (429-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.), sofista passa a designar aquele que usa argumentos aparentemente válidos para enganar os outros – sofismas – e, consequentemente, passa a ter uma conotação pejorativa.
Todavia, convém realçar a indubitável contributo positivo dos sofistas (entre os quais Protágoras, Crítias, Hípias e Górgias) para o desenvolvimento do ensino em geral e do pensamento filosófico em particular:
• Os sofistas promoveram a viragem, na história da filosofia, dos temas ligados à Natureza (aos quais se dedicaram os filósofos pré-socráticos) para o tema do Homem (antropologia) e com eles levantaram-se as primeiras questões da filosofia da linguagem.
• Contribuíram para a fundação da Paideia, fonte da formação e cultura ocidentais.
• Inauguraram o estatuto social de profissional do saber: ensinavam de terra em terra diversas matérias (da gramática às matemáticas), cobrando honorários, motivo pela qual foram fortemente criticados.
• Impulsionaram o ensino da retórica, nomeadamente da areté política: ela constitui a base da preparação dos jovens para a vida pública e política. Os sofistas ensinam a argumentar ,a discursar, a persuadir e convencer, por forma a que os jovens possam cumprir as exigências da cidadania e enveredar pela carreira política.
A Metodologia dos Sofistas
A metodologia mais utilizada pelos sofistas é a Antilogia .
Acreditavam ser possível defender dois argumentos contraditórios e incentivavam os seus alunos a defenderem o mais fraco.
A retórica foi um instrumento de poder na democracia ateniense e , desde