Os sete saberes necessários à educação do futuro

Resumo MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2007. Capítulo 2: Os princípios do conhecimento pertinente. Edgar Morin destaca no texto a necessidade de se fazer uma total reorganização da educação. A educação do futuro se torna um problema universal, pois de um lado se encontra os saberes desunidos, divididos, compartimentados e, de outro, as realidades e problemas cada vez mais multidisciplinares, transversais, globais e planetários. Neste contexto, a educação precisa perceber e conceber as relações entre as partes do conhecimento e a relação todo/partes, que Morin classifica em quatro instâncias: o contexto; o global; o multidimensional e o complexo. È impossível conhecer as partes sem conhecer o todo tampouco conhecer o todo sem conhecer particularmente as partes, pois o todo tem qualidades ou propriedades que não são encontradas nas partes. O conhecimento das informações ou dos dados isolados é insuficiente, sendo preciso situá-los em seu contexto para que adquiram sentido. “ Para ter sentido, a palavra necessita do texto, que é o próprio contexto, e o texto necessita do contexto no qual se enuncia”. O ser humano, a sociedade são unidades complexas, multidimensionais, o ser humano é ao mesmo tempo biológico, psíquico, social, afetivo e racional. Neste sentido, o conhecimento pertinente deve reconhecer esse caráter multidimensional e enfrentar a complexidade. A complexidade se configura como a união entre a unidade e a multiplicidade e a educação deve promover a “inteligência geral” apta a referir ao complexo, de modo multidimensional e dentro da concepção global. O autor traz que para promover a inteligência geral dos indivíduos, a educação do futuro deve ao mesmo tempo utilizar os conhecimentos existentes, superar as antinomias decorrentes do progresso no conhecimento especializado e identificar a falsa racionalidade. Apesar dos enormes progressos do conhecimento no âmbito das