Os sete saberes necessários a educação do futuro
Todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão e a educação do futuro também deve enfrentar este problema. Erro e ilusão fazem parte da mente humana desde o aparecimento do Homo Sapiens.
Marx e Engels apresentaram isso em A ideologia alemã que os homens sempre elaboraram falsas concepções de si próprios, do que fazem, do que devem fazer, do mundo onde vivem, mas nem eles escaparam destes erros.
O calcanhar de Aquiles do conhecimento
A educação deve mostrar que não há conhecimento que não esteja, em algum grau ameaçado pelo erro e pela ilusão. Todas as percepções são, ao mesmo tempo, traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos. Daí resultam, os inúmeros erros de percepção que nos vêm de nosso sentido mais confiável, o da visão. Ao erro da percepção acrescenta-se o erro intelectual. O conhecimento, sob forma de palavra, de ideia, de teoria, é o fruto de uma tradução/reconstrução por meio da linguagem e do pensamento e, por conseguinte, está sujeito ao erro. A projeção de nossos desejos ou de nossos medos e perturbações mentais trazidas por nossas emoções aumentam os riscos de erro.
Podemos acreditar na possibilidade de eliminarmos o risco de erro se abafarmos toda afetividade Mas no mundo humano, o desenvolvimento da inteligência é inseparável do mundo da afetividade sendo que ela pode asfixiar o conhecimento mas pode também fortalecê-lo.
O desenvolvimento do conhecimento científico é um poderoso meio de detecção dos erros e de luta contra as ilusões.
A educação deve-se dedicar à identificação da origem de erros, ilusões e cegueiras.
Os erros mentais
Nenhum dispositivo cerebral permite distinguir a alucinação da percepção, o sonho da vigília, o imaginário do real, o subjetivo do objetivo, a importância da fantasia e do imaginário no ser humano é inimaginável.
Cada mente também é dotada de potencial de mentira para si