os sete saberes necessários a educação do futuro
Por: Karla Amarante Mundim
Orientador: professor Milton Marinho
O autor nos mostra que erro e ilusão parasitam a mente humana desde o aparecimento dos primeiros homens. Existe erro na educação, na teoria da informação, erro de percepção, erro intelectual, do conhecimento, erros mentais. As projeções de nossos desejos ou de nossos medos e as perturbações mentais trazidas por nossas emoções multiplicam as chances de erros. Poder-se-ia crer na possibilidade de eliminar o risco do erro, abdicando de toda a afetividade. Mas o desenvolvimento da inteligência é inseparável do mundo da a afetividade.
Para ele cada mente é dotada de potencial de mentira para si próprio, que é fonte permanente de erros e de ilusões. O egocentrismo, a necessidade de autojustificativa, a tendência a projetar sobre o outro a causa do mal fazem com que cada minta para si próprio, sem detectar esta mentira da qual, contudo, é o autor. A própria memória é fonte de inúmeros erros.
Existem, as vezes, falsas lembranças que julgamos ter vivido, assim como recordações recalcadas a tal ponto que acreditamos jamais ter vivido.
Nossos sistemas de idéias (teorias, doutrinas, ideologias) estão não apenas sujeitos ao erro, mas também protegemos erros e ilusões neles inscritos. Isso porque pela teimosia, acabamos resistindo a outras verdades.
A racionalidade é a melhor proteção contra o erro e a ilusão. Mas a racionalidade peca quando se, mistura a racionalização. A racionalização se crê racional porque constitui um sistema lógico perfeito, fundamentado na educação ou na indução, mas fundamenta-se em bases mutiladas ou falsas e nega-se à contestação de argumentos e à verificação empírica. Segundo o mesmo a verdadeira racionalidade, aberta por natureza, dialoga com o real que lhe resiste. Opera o ir e vir incessante entre