os sertoes
O homem: aqui o foco é Antônio Conselheiro, quem direcionava as reivindicações e as ações do povo que ali se encontrava. Descreve-se o caráter messiânico do conflito e as condições de vida que era imposta àquelas pessoas.
O Homem é uma descrição feita pelo sociólogo e antropólogo Euclides da Cunha, que mostra o habitante do lugar, sua relação com o meio, sua gênese etnológica, seu comportamento, crença e costume; mas depois se fixa na figura de Antônio Conselheiro, o líder de Canudos. Apresenta se caráter, seu passado e relatos de como era a vida e os costumes de Canudos, como relatados por visitantes e habitantes capturados. Estas duas partes são essencialmente descritivas, pois na verdade "armam o palco" e "introduzem os personagens" para a verdadeira história, a Guerra de Canudos, relatada na terceira parte,
A luta: agora é descrito diretamente o conflito (Guerra de Canudos). Essa parte se subdivide de acordo com os vários momentos da guerra, até a completa destruição do arraial. O conflito é descrito em detalhes, visto que Euclides da Cunha o presenciou, como jornalista que era na época.
A Luta é uma descrição feita pelo jornalista e ser humano Euclides da Cunha, relatando as quatro expedições a Canudos, criando o retrato real só possível pela testemunha ocular da fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra. Retratando minuciosamente movimento de tropas, o autor constantemente se prende à individualidade das ações e mostra casos isolados marcantes que demonstram bem o absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo - Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não entregue - escalou para um