Os Sapateiros Politizados
No texto de Eric Hobsbawm e Joan W. Scott vem mostrar a importância que existia na atuação dos sapateiros no envolvimento politico e social daquele período. O texto mostra que a formação desses sapateiros dito politizados não ocorria como algo pré-determinado, mas como uma consequência do seu trabalho exigir menos aptidão física o que disponibilizava tempo para que os mesmos obtivessem novas leituras.
Os sapateiros como oficio no séc. XIX tinham uma reputação de radicais em todos os sentidos que fossem abordados, militando por varias causas não se apegando somente a temas do seu interesse. Os seus sindicatos foram os primeiros a serem formados na maioria dos países, criando assim uma base solida na luta social.
Considerados intelectuais-operários e ideológicos, eles se tornaram os porta-vozes e organizadores do povo, aparentemente foram mais alfabetizados do que a media. Foram responsáveis por trazer novos modelos de religião, para a sua comunidade.
Entretanto não se pode afirmar que isso ocorra com todos esses homens, mas é claro que acontece com uma boa parte, pois como era um oficio procurado, especialmente por pessoas de “baixa renda” não se havia um controle das pessoas que faziam parte dele.
Eles estavam presentes em vários momentos em que a participação popular era necessária, como na queda da Bastilha, na revolução francesa, em momentos de luta eles sempre estavam presentes e eram admirados pela “independência de suas opiniões e a busca da liberdade do povo”.
A “cultura de sapateiro” era presente em todos os locais e possuíam uma força extraordinária, em alguns locais o dia de São Crispim (padroeiro dos sapateiros), era feriado, desfrutavam do Saint Monday e outros feriados, também eram lembrados pelo lazer social e a bebida que lhe caracterizavam.
Como já vimos anteriormente esse oficio era caraterizados por homens que não necessitasse de uma árduo trabalho físico, por isso havia muitas pessoas pequenas,