Os santos juninos
Comemorar o mês de junho é um hábito antigo em várias partes do mundo. As festas ocorriam para pedir aos deuses a fertilidade da terra e garantir boas colheitas nos meses seguintes. Com o avanço do Cristianismo, a Igreja incorporou a tradição e, no século 6, os ritos da festa do dia do solstício, em 21 de junho, passaram para o dia do nascimento de São João Batista, em 24 de junho. Mais tarde, no século 13, foram incluídas no calendário litúrgico as datas comemorativas de Santo Antônio (dia 13) e São Pedro (dia 29). É por isso que esses três santos são os padroeiros das festas juninas!
As festas juninas são celebradas com muito entusiasmo pelo povo. As famosas “fogueiras”, as danças denominadas “quadrilhas”, os fogos de artifício, a reza do terço, o quentão e a pipoca constituem parte de nosso folclore e nem por isso perdem o seu colorido religioso e, por isso mesmo, fazem parte da religiosidade popular.
Conheça mais sobre os santos de junho
Santo Antônio - 13 de junho
Nascido em uma família de alta nobreza, recebeu o nome de Fernando e teve uma boa educação religiosa. Iria seguir carreira militar, mas resolveu refugiar-se num convento, em Coimbra, e ordenou-se sacerdote em 1220. Tornou-se, então, missionário na África. Entrou para a ordem Franciscana e adotou o nome de Antônio. Faleceu aos 36 anos, em 13 de junho de 1231, na aldeia de Arcela. Foi proclamado Doutor da Igreja em 1946, pelo Papa Pio XII.
Um de seus mais famosos feitos se deu quando, pregando em Pádua, foi avisado de que seu pai estava sendo injustamente condenado à forca, em Lisboa. Milagrosamente, Santo Antônio desdobrou-se e salvou seu pai em Lisboa ao mesmo tempo em que fazia seu sermão em Pádua. Em pensamento, fez com que o cadáver do assassinado negasse, por meio de um aceno de mão, a culpa de seu pai.
São João - 24 de junho
São João Batista, chamado de o “homem enviado por Deus”, era um profeta eremita, mártir e primo de Jesus. Pregava nas margens