Os reis taumaturgos
“Em todos os países, os reis eram então considerados personagens sagradas; pelo menos em certos países, era tidos como taumaturgos. “Tocaram as escrófulas”, significado que eles pretendiam, somente com o contato de suas mãos, curar os doentes afetados por essa moléstia; acreditava-se comumente em sua virtude medical.” (43)
Naquela sociedade profundamente enraizada através dos dogmas da igreja, naturalmente as pessoas tinhas facilidade de crer em milagres. Como os reis tinham poder e prestígio, era fácil dominar a forma de pensar das pessoas.
“O que colocou os reis em tal veneração foram principalmente as virtudes e poderes divinos que se desenvolveram apenas neles e não nos outros homens.” (44)
Os reis eram escolhidos por deus. Já percebe-se uma exclusão do poder de todo povo.
“Pelo menos até onde os textos nos permitiam, seguimos as seculares vicissitudes do milagre régio no decorrer dessa pesquisa, esforçamo-nos por esclarecer as representações coletivas e as ambições individuais que, misturando-se uma às outras numa espécie de complexo psicológico, levavam os reis da França e da Inglaterra a reivindicar o poder traumaturgico e também explicamos o milagre em suas origens e em seu longo sucesso.” (267)
O rei viu uma oportunidade de aumentar seu poder podendo se aproveitar dessas
“representações coletivas” criadas pela igreja, formando uma “mentalidade ingênua” nas pessoas da época.
“Quanto às multidões, estas nele acreditaram com toda a paixão.” (268)
As pessoas acreditaram na cura através do rei, pois sendo uma divindade, poderiam ser ajudadas. “No século XVII, os partidários do caráter sobrenatural da realeza protestaram diversas vezes contra a ideia de que as curas, por eles atribuídas à sagrada mão dos reis, podiam ser produto da imaginação.” (272~273)
Nessa passagem, o autor apresenta opositores ao método de cura. Eles diziam que não se passada de ilusão por parte do povo. Que na verdade só queriam acreditar