os realistas
Para estes a essência enquanto tal subsiste por sim mesma, ou seja, tem existência própria. Basta lembrar de Platão com seu mundo das Idéias onde a essência possui uma realidade fora das coisas que seriam apenas cópias da Idéia. Por exemplo, a essência humana existiria fora dos homens concretos, ou seja, fora do João, do Pedro, do Joaquim, etc, e teria uma existência própria. Esta é a posição de Guilherme de Champeaux, de Gilberto de la Porrée e de David de Dinant.
OS NOMINALISTAS
Para estes não existiria uma essência, nada existiria fora da individualidade. As coisas seriam tão diferentes umas das outras objetivamente, ou seja, na realidade, que não teriam nada em comum; todo conceito universal existente em nós, estaria apenas em nossas idéias e portanto seriam apenas nomes coletivos que damos às coisas. Por exemplo, o João, o Pedro, o Joaquim etc seriam tão diferentes na realidade que não se poderia dizer que eles têm algo em comum e portanto toda tentativa de os agrupar seria um ato totalmente subjetivo. Esta é a posição de Roscelin e de Guilherme de Ockham.
OS REALISTAS MODERADOS
Para estes tudo é individual, i.é., não existem seres universais com existência própria fora das coisas individuais, mas, diferentemente dos nominalistas, os realistas moderados defendem que a razão humana é capaz de fazer abstração das coisas individualizantes e apreender no individuo aquilo que ele tem em comum com outros. O universal só existe na inteligência e não na realidade, mas aquele tem por fundamento esta, não são apenas idéias sem vínculo com a realidade como querem os nominalistas. Esta forma de pensar denota o que é comum, ou seja, o modo de ser que é comum a todos os indivíduos da mesma espécie. Por exemplo, o João, o Pedro, o Joaquim etc têm em comum o nosso modo de ser, i.é, são homens e o intelecto faz abstração das notas individuais e exprime aquilo que nós temos em comum (ser homem) por meio de um conceito. A essência existe