Poesias realistas
Análise das poesias de Cesário Verde, Antero de Quental e Guerra Junqueiro.
O Realismo foi um movimento que possuía um forte caráter ideológico, em que a sua principal característica é a abordagem de temas sociais e o tratar, de forma objetiva, a realidade e o ser humano nela inserido. O Realismo mostrava através da critica e da denuncia, vários problemas sociais, atacando a burguesia, monarquia e a religiosidade.
Cesário Verde se destaca na poesia do cotidiano, pois centra-se na observação objetiva da realidade, descrevendo o espaço físico dos grandes centros urbanos, e abordando criticamente a coisificação humana.
A poesia do cotidiano é marcada pela descrição, razão e objetividade. Uma espécie de “fotografia”, em que o poeta fotografa, retrata tudo o que vê, principalmente o sujo, o feio, com olhar sempre para fora. Na poesia para análise de Cesário Verde, o eu-lírico se encontra desconte com a cidade: ”Triste cidade! Eu temo que me avives..” .O eu-lírico faz uma descrição concisa de tudo o que vê: ”..Aos lampiões distantes..”; “..as costureiras as floristas, descem dos magasins..”.Assim, quando o eu-lírico diz: “E eu, de luneta de uma lente só..”, ele mostra como faz toda a sua observação, sua descrição, como retrata toda essa cidade. Há descrição em praticamente toda a poesia :”..a quadros revoltados; “...ás mesas de emigrados’’.
A poesia metafisica, tem uma marca maior de subjetividade. É melancólica, de pura reflexão existencialista. No poema para análise de Antero de Quental, o poeta relaciona os três conceitos: Razão, Amor e Justiça, todos muito simbólicos para o poeta, pois os destaca na poesia com letra maiúscula: ‘Razão, irmã do Amor e da Justiça..’. A razão está ligada a reflexão, enquanto o amor se identifica com o sentimento e a emoção. O eu-lírico logo no inicio, revela-se uma alma inteiramente livre, apesar de submeter-se ao que dita a razão: ‘Razão (...) é a voz dum coração que te apetece,