Os profissionais da educação e as ideologias político-partidárias
No período da “República Velha”, houve uma intensa influência da pedagogia norte-americana, descontextualizada, com experiências pedagógicas nos estados; nos anos 30, por sua vez, as propostas pedagógicas passaram a refletir o ideário liberal, pois “nossas elites, divididas em grupos ideológicos de um modo bem mais acirrado que em qualquer período da história do Brasil, produziram reflexões pedagógicas marcadas pelas disputas políticas” de forma bastante intensa – nessa época surgiu a expectativa popular de ascensão social por meio da educação; ainda nessa época, o catolicismo voltou a incentivar o seu ideário sócio-político-pedagógico; e durante o “Estado Novo” – uma ditadura populista -, oficializou-se um dualismo educacional, ou seja, um ensino secundário público para as “elites condutoras” e um ensino profissionalizante para o restante da população.
Do governo de JK até a revolução de 31 de março de 1964, a escola foi colocada “sob os desígnios diretos do mercado de trabalho”, criando um sistema elitista em que pouquíssimos estudantes chegavam ao último ano do curso médio; nos 21 anos da Ditadura Militar, “pautado em termos educacionais pela repressão, privatização do ensino, exclusão de boa parcela dos setores mais