Os paradguimas
Em vista do que pude constatar ao longo de todos estes anos de preparação, crescimento, conhecimentos adquiridos, contatos e experiências com sociedades e do cenário que o meu próprio mundo oferece para ser contemplado, nada me resta a não ser aceitar, com pesar, que a raça humana morre um pouco a cada dia. Morre em esperanças, em sonhos, em ideais, em amor, em confiança, em perspectivas e em qualidade de vida. Só uma ínfima parcela corre os riscos de se aventurar por caminhos de esperança e libertação. Quando avisto os jovens caminhando apressados indo para as escolas e faculdades, pergunto-me sobre o mundo que encontrarão ao se formarem. Quando observo os executivos numa empresa, correndo de um lado para outro, tomando importantes decisões, e os operários trabalhando, posso ver um conglomerado de aflitas existências, que buscam firmar seus lugares, garantindo um espaço na batalha pela sobrevivência. E quando procuro uma aproximação, sinto pessoas, seres humanos receosos., tensos, preocupados e temerosos do que a minha pessoa possa representar: uma ameaça, um interesse, uma companhia, um aliado ou um mortal inimigo pronto para disputar qualquer coisa. As relações humanas estão se dando única e exclusivamente por necessidade. Uma necessidade forçada e obrigada pelas circunstâncias. As pessoas de hoje buscam isolar-se, distanciar-se dos demais, seja física ou psicologicamente. Você pode estar no meio de um grupo de amigos e ao mesmo tempo muito distante; viver no meio de uma gigantesca cidade e estar só; ter um círculo relativamente grande de amigos e ser simplesmente uma imagem forjada, uma máscara que nunca revela seu interior, que jamais se arrisca a expor seu verdadeiro eu, mantendo-se em grupo apenas para usufruir das vantagens sociais que as pessoas podem vir a oferecer-lhe, ou simplesmente de uma companhia. Um acompanhante com o qual procurará esquecer o pesado vazio interior que o aflige. Da mesma forma e com a