Os operadores cognitivos do pensamento complexo
BIBLIOGRAFIA: Os operadores cognitivos do pensamento complexo (Humberto Mariotti)
Resumo
Segundo Morin, nós somos homo sapiens sapiens, porém deve-se acrescentar um demens, pois é muito sistemático um ou dois sapiens e a nova agregação nos mostra como somos descometidos. Todo homem é duplo, ao mesmo tempo em que é racional apresenta demência. O Pensamento Complexo é uma maneira de sair de um padrão de pensamento, levando ao fragmento do conhecimento, negligenciando as relações que existem entre esses conhecimentos e que são essenciais à visão significativa do todo. Buscando o verdadeiro pensamento complexo de Morin, esbarramos em conceito de operadores de complexidade. São operadores do pensamento, ou seja, as características de processamento do pensamento, sob a luz da complexidade. O operador dialógico diferentemente do operador dialético entrelaça coisas que estão aparentemente separadas, como razão e emoção; real e imaginário. A dialogia permite o entrechoque de idéias, considerando como essencial a convivência com as contradições, entre estudante-estudante e estudante-professor, em um movimento espiral de troca e evolução das pessoas e daquilo que está sendo discutido. O operador recursivo trata principalmente do fato de que sempre aprendemos que uma causa produz um efeito. “A causa produz efeito que por sua vez produz uma causa”. A ecologia da ação mostra como os sujeitos estão unidos entre si e ao meio, em um processo de acoplamento mútuo, toda ação implica em uma mudança estrutural de todo o sistema. A ação de um sujeito repercute de forma não-controlável e não-previsível no meio e no sistema do qual ele faz parte. O operador hologramático trata de quando não se consegue separar a parte do todo. A parte está no todo assim como o todo na parte. Também com base na Teoria Geral dos Sistemas, na Física Quântica e em outras teorias da “Nova Ciência”, podemos compreender a não separação, tão necessária à compreensão do Pensamento