Os novos modelos familiares ainda sofrem resistencias sociais
Universidade Aberta do Brasil UFSM, Centro de Ciências Sociais e Humanas
Pólo Educacional Superior Restinga Sêca
Os novos modelos familiares ainda sofrem resistência social.
Celedir Carvalho
O artigo de pesquisa sobre Pânicos morais e controle social de Richard Miskolci*, professor do departamento de Ciências Sociais, UFSCan em São Paulo, versa sobre as questões de como a sociedade resiste as relações de homossexuais, segundo Miskolci nos seus estudos referentes a um resgate histórico, sobre conceito padrão de família, ou seja, constituído de pai e uma mãe, modelo tradicional que permanece, pois é dessa forma que a instituição familiar poderia se perpetuar, e tem se mantido até então. A mudança familiar gera um temor na sociedade, perante as novas leis, sobre a oficialização dos casamentos de gays e lésbicas. Dessa forma, surge um questionamento entre a população, principalmente, os mais conservadores, que veem nessas relações o fim de uma continuidade familiar, pois os casais teriam dificuldades de ter uma família de laços sanguíneos, como gerar filhos, pois eles na maioria dos casos teriam que recorrer á adoção ou uma inseminação artificial.
Miskolci faz um apanhado histórico sobre o homossexualismo, relata a visão que a sociedade e o judicial tinham sobre essas opções sexuais. No século XIX, as relações eram consideradas “bestiais”, vistas como pessoas “desviadas”, acreditava-se que a medicina e a psicanálise poderiam reverter esse quadro, a identidade homossexual adquiriu estigmas como a loucura e a criminalidade. Diante disso, a solução seria aplicar as práticas sociais disciplinadoras, que poderia ser a “cura” ou a “reabilitação” desses indivíduos, pois começara a causar grande pânico, entre a maioria da população, alguns eram vistos como marginais, portanto, uma ameaça aos valores e a moralidade.
No século XX,