Os negativos
Nome:
Alexandre Magliani
Alvaro Freitas
Clayton Lira
Daniel Souza
Marcello Nunes
Marcelo de Castro
Matheus Valadão
Nº
02
04
07
08
25
26
29
VISÃO ORIGINAL
“As palavras, para que possam agir, precisam ser pronunciadas”. É justamente dessa forma que Pierre Verger inicia o livro Ewé: o uso das Plantas na Sociedade Ioruba, evocando o poder mágico do verbo, a força ancestral da comunicação oral. Na tradição ioruba, a palavra é a revelação corporal de um segredo e o fundamento das relações emocionais. Arlete Soares, fotógrafa e editora da obra de Verger no Brasil, guarda as lembranças de sua vivência com o conhecido etnólogo tal qual placas de vidro num quarto escuro. Arlete aguarda um momento de luz para desvelá-las. Sua relação com o antropólogo foi intensa, rica. Do pacto à desunião, do poder do verbo à fraqueza do silêncio. Ela viveu. A fotografia como arte e como transmissão. A arte como impostura, o reconhecimento público e finalmente a loucura. Arlete e Verger avançaram juntos, projetando os mesmos desejos, dilatando perigosamente a elasticidade e os limites das relações entre homem e mulher, se amando e se traindo sem passar pelo amor, ao menos da forma como normalmente o concebemos. PROPOSTA DE DOCUMENTÁRIO
• Os Negativos irá revelar, em diversos atos e numa estrutura dramática, que respeitará a ordem cronológica dos acontecimentos.
• Desde o encontro dos dois, na década de 70, passando pela fundação da
Editora Corrupio, pela viagem à Paris e o achado dos mais de 60.000 negativos que Verger julgava perdido
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Documentário de dois personagens: Arlete e a memoria encarnada em fotos e vídeos de Pierre Verger
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Um único cenário: o escritório de Arlete Soares (espaço fechado com janelas que abrem para outras imagens: o jardim, o corredor, a rua, o monitor de vídeo, as fotografias).
• Os Negativos recupera a prática perdida de um cinema de “chambre” francês e aqui vale mencionar o filme Numéro