“ Os movimentos sociais tradicionais e os novos movimentos sociais. “
1. Introdução
Este trabalho pretendeu discutir questões pertinentes ao universo historiográfico referente aos movimentos sociais, enfatizando, sobretudo, pontos que versaram sobre as abordagens teóricas e metodológicas realizadas sobre o tema. Para tanto, adotou-se como objetivo precípuo o resgate de um debate acerca dos movimentos sociais, ressaltando, sobremaneira, aspectos conceituais e teóricos inerentes tanto às tradicionais quanto às novas formas de ação coletiva.
Pertencente à esfera de pesquisa da história social ou como lembrou Hobsbawm (1998), história da sociedade, por se tratar de um termo mais abrangente, os estudos sobre os movimentos sociais figuraram nos últimos dez ou quinze anos, entre as temáticas de trabalho mais estudadas, demonstrando, com isso, uma preocupação em desvendar e trazer para a superfície das discussões e interpretações acadêmicas a história do âmbito social matizada por unidades particulares de pessoas que se encontravam juntas. Obviamente, como pontuou Evers (1984), unidades específicas de indivíduos inseridos no contexto social e político dominante de seus respectivos países[1].
Visto por este viés, a valorização dos estudos centrados nos movimentos sociais tratou de expor, por seu turno, uma história de baixo para cima resgatando a imagem das pessoas comuns que se encontravam as margens dos centros das decisões políticas, uma vez que, significativa parte da história que era produzida no século XIX, principalmente, através do Positivismo, estava expressamente inclinada a ovacionar as realizações dos governantes.
2. Discutindo e conceituando os movimentos sociais
Levando em consideração as informações elencadas pelos textos dos autores: Melluci (1989), Gohn (1997), Evers (1984), Telles (1994), Touraine (1973), já foram elaborados uma série de conceitos sobre os movimentos sociais, cada qual abordando ou explicitando um determinado ponto