Os movimentos separatistas do tocantins
Antes da colonização, o território do Tocantins era ocupado pelos índios xingus e txucarramães. Em 1625, missionários católicos liderados por Frei Cristovão de Lisboa, fundaram uma Missão religiosa no extremo norte de Goiás. Do norte e do nordeste chegaram imigrantes a região durante dois séculos. No século XVIII, os bandeirantes chegaram à região pelo sul, em busca de ouro. Assim, estabeleceram-se na região duas culturas: a dos que vieram de São Paulo (bandeirantes), ou sulistas, e a dos que vieram do norte e nordeste, chamada de nordestina. A dificuldade de acesso fez com que os habitantes do norte da região estabelecessem mais vínculos comerciais com os estados vizinhos (Pará e Maranhão) do que com os habitantes do sul.
A partir de 1821, o movimento separatista se fortaleceu com a proclamação, ainda que sem sucesso, do Governo Autônomo de Tocantins. Em 1920, as idéias separatistas afloram novamente, ainda sem sucesso. Com a criação do Distrito Federal e a construção de Brasília, a região norte do então estado de Goiás começou a se desenvolver. A construção de rodovia Belém-Brasília, a mineração de ouro e calcário e o extrativismo da madeira (principalmente do mogno) aceleraram o desenvolvimento da região, expandindo a população, a agricultura e o comércio.
A proposta separatista, ou seja, para a criação de um novo estado, foi apresentada e aprovada no Congresso Nacional por duas vezes, mas os presidentes João Figueiredo e seu sucessor José Sarney a