Os meus Romanos
Danilo Silva
Ina Von Binzer, jovem professora alemã que veio dar aulas no Brasil, cheia de preconceitos sobre o povo brasileiro, e principalmente, com as pessoas negras, na época escravos. As cartas que ela escreve são dirigidas a Grete, sua amiga na Alemanha. Esta educadora chegou ao Brasil em maio de 1881 ficando até janeiro de 1883. Ela vivia as famílias ricas na maioria dos fazendeiros para educar aos seus filhos, passa por diversas situações de dificuldade, por diferenças a cultura brasileira, foi a da adaptação ao clima brasileiro, a alimentação, o sistema de relações entre pessoas, o comportamento à mesa, e sua cama, recheada de palha e gravetos que a incomodavam todas as noites.
Suas cartas eram construídas com muitos detalhes sobre as cidades, as roupas e costumes da época, o comportamento e as maneiras domésticas, as festas e encontros dos fazendeiros, as comemorações do final das colheitas realizadas pelos escravos, as crenças e seu encontro com a Família Real.
Sua adaptação foi de maneira muito lenta, fazendo com que ela ficasse doente por diversas vezes, e numa dessas, foi morar ao Rio de Janeiro para descanso e recuperação, fazendo com que ela abandonasse a fazenda em que ela estava para começar a dar aulas em Petrópolis, em uma escola de ensino leigo onde lecionou piano, alemão e inglês.
Decide ir para São Paulo onde haviam mais pessoas alemãs, e considera o melhor lugar para os educadores no Brasil. Esse é o local em que ela se sente melhor, pois, embora o colégio seja repleto de baratas, os costumes do povo paulista estão mais de acordo com o seu gosto. A moça conhece um engenheiro inglês e fica apaixonada.
Ulla ficou em São Paulo de março a julho de 1882 e durante este período lecionou para filhos de romanos, os alunos muito indisciplinados que requerem muitos recursos pedagógicos. Por causa da falta de disciplina das crianças,
Ulla não pode mais continuar lecionando para eles e transferiu-se para São