Os Maias - cap XVI análise
Resumo:
Antes do sarau da Trindade, Ega ouve com Carlos e Maria, uma parte de “Ofélia” ao piano, na casa desta.
Carlos e Maria “enrolam” Ega para fazerem o seu próprio sarau, ali mesmo. Mas lembram-se do Cruges, e Carlos e Ega acabam por ir ao sarau da Trindade.
Ouvem o discurso de Rufino.
Entretanto, no botequim, dá-se uma conversa entre o Guimarães e Ega, a propósito da carta do sobrinho.
Ega volta ao sarau, ouve Cruges e sai quando o Prata sobe ao estrado.
Carlos vê o Eusébiozinho saindo. Vai atrás dele e dá-lhe uns “abanões” e um pontapé.
Voltam ao sarau, onde Alencar já ia declamar. Alencar arrebata a sala com o seu poema, “A Democracia”.
Ega fica desacompanhado; Carlos, disseram-lhe, já havia saído.
O Gouvarinho sai furibundo por causa do poema do Alencar.
À saída, de caminho para o Chiado, Ega é parado por Guimarães, que lhe diz ter um cofre da mãe de Carlos para entregar à família. No meio da conversa, descobre inconscientemente uma verdade terrível a Ega: Carlos tem uma irmã; é a Maria Eduarda! (p.615). Guimarães conta a Ega tudo o que sabe sobre M.ª Monforte (p.617), inclusive a mentira que ela dissera a Maria Eduarda sobre a sua origem de pai austríaco. Enquanto Guimarães vai buscar o cofre nessa mesma noite, Ega fica a atormentar-se com os seus pensamentos. Chega ao Ramalhete e deita-se, sempre pensando no incesto como ideia fixa, tomando a decisão de pedir auxílio a Vilaça.
Elementos Simbólicos:
Cofre – Materialização do destino;
(Referenciado pela primeira vez no Cap. II. “… partiu de casa numa carruagem, com uma maleta, o cofre de jóias, uma criada italiana (…) e a pequena.)
Crítica Social:
Sarau no Teatro da Trindade
Objetivos:
Ajudar as vítimas das inundações do Ribatejo;
Apresentar um tema querido da sociedade lisboeta: a oratória;
Reunir novamente as várias camadas das classes mais destacadas, incluindo a família real;
Criticar o ultrarromantismo que encharcava o