os lusíadas
Luís Camões é um narrador heterodiegético, não participante.
1 . O "bicho da terra tão pequeno", I, 105-106 Baco prepara-lhes várias ciladas que uma delas é o fornecimento de um piloto por ele instruído para os conduzir ao perigoso porto de Quíloa. Vénus intervém, afastando a armada do perigo e fazendo-a retomar o caminho certo até Mombaça. No final do Canto, o poeta reflecte acerca dos perigos que em toda a parte espreitam o Homem.
Os perigos que espreitam o ser humano que se define com o herói , tão pequeno diante das forças poderosas da natureza que são as tempestades, o mar, o vento e os males em terra são o poder da guerra e dos traiçoeiros enganos dos inimigos.
"No mar, mar tanta tormenta, e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida;
Na terra, tanta guerra, tanto engano,"
2. As despedidas em Belém, IV, 88-93
Os preparativos para a viagem, e as despedidas em Belém. É narração dos preparativos da viagem à Índia, desejo que D. João II não conseguiu concretizar antes de morrer e que iria ser realizado por D. Manuel, a quem os rios Indo e Ganges apareceram em sonhos, profetizando as futuras glórias do Oriente. Este canto termina com a partida da armada, cujos navegantes são surpreendidos pelas palavras profeticamente pessimistas de um velho que estava na praia, entre a multidão. É o episódio do Velho do Restelo.
"Nem a Mãe, nem a Esposa, neste estado,
Por nos não magoarmos, ou mudarmos
Do propósito firme começado
Determinei de assim nos embarcamos,
Sem o despedimento costumado,"
3. O velho do Restelo, IV, 94-97, 103-104
Este episódio dos Lusíadas insere-se na narrativa feita por Vasco da Gama ao rei de Melinde. No momento em que a armada de Vasco Gama está a deixar Lisboa para a grande viagem, uma figura destaca-se da multidão e levanta a voz, para condenar a expedição.
Este episódio introduz uma perspectiva posta á do espírito épico, uma vez que o “Velho” chama de vaidade aquilo que os