os jogos de troca
Instrumentos de troca, jogos de poder e dominação
O historiador Fernand Braudel foi um dos mais importantes representantes da Escola de Annalles, reconhecido pela inovação nos métodos de pesquisa histórica, integrando diversas ciências na investigação e construção do conhecimento histórico. Fez parte do grupo de intelectuais franceses que colaboraram com a criação da Universidade de São Paulo, na qual lecionou até 1937. Esteve preso no campo de concentração de Lübeck, durante a II Guerra mundial onde conclui sua tese, publicada em 1949. Foi professor do College de France, diretor do Centre de Rechereches Historiques da École des Hautes Études, uma organização voltada para a pesquisa e desenvolvimento das ciências humanas e dirigiu ainda a Revista de Annales. Recebeu influência do antropólogo Lévi- Strauss e fez uso da palavra estrutura, “para nós, historiadores, uma estrutura é sem dúvida, articulação, arquitetura, porém mais ainda, uma realidade que o tempo utiliza mal e veicula muito longamente” (BRAUDEL, 1992, p.49). Ocupou-se em compreender como as formações geológicas, oceânicas, o curso das águas, ou seja, como os fatores que independem da vontade humana também a influenciam. Admite além das estruturas geográficas, as sociais. Mas não é somente o conceito de estrutura que enriquece a obra do autor, a conjuntura tem a mesma importância por representar uma velocidade temporal intermediária que se modifica mais rapidamente e que está estreitamente ligada às ações humanas, essa última as que se desenrolam intencionalmente em curtos espaços de tempo. Sendo assim, a história total para Braudel é a superposição dessas três durações de tempo compreendidas a luz da coordenação dos objetos de análise da sua pesquisa que inclui geografia, sociedade, política, economia e demografia. Cabe aqui dizer que embora existam críticas a sua obra, é grande sua influência na história