Os idosos e a Sociedade
Os idosos e a sociedade
O estatuto do idoso prevê, sem reservas, os direitos dos idosos na sociedade brasileira. Com o aumento da expectativa de vida, o respeito a essa lei se torna imprescindível para a vida digna dos mesmos. No entanto, a condição de "ser idoso" gera um preconceito que impede grande parte dessa parcela da população de participar ativamente da vida em sociedade. A conclusão é imediata: aqueles que no passado ajudaram a construir o Brasil atual, são marginalizados por ele. Em pleno século XXI, o mundo se encontra em sua mais notável fase capitalista, onde os conceitos de individualismo e produtividade imperam sobre quaisquer outros. Quando algo se torna improdutivo, é imediatamente considerado desnecessário e substituído. Esse conceito também se aplica à esfera social. Os idosos são descartados por supostamente não terem o mesmo vigor da juventude, e na maioria das vezes, não lhes é dada a menor oportunidade de demonstrar o contrário. Entretanto, podemos observar que em outras regiões, a situação é bem diferente. Embora diversos países orientais sejam extremamente industrializados, a valorização do idoso é fator fundamental nas decisões da família e da sociedade como um todo. Ocorre o reconhecimento e respeito pelos conhecimentos adquiridos pelos mais velhos ao longo da vida, uma sabedoria que pode e deve ser passada adiante. Em outras palavras, laços de cultura e valores familiares passados ao longo de gerações foram o suficiente para barrar as concepções cruéis do mundo ocidental, ou ao menos, diminuir seu impacto. Para a construção de uma vida digna e aumento da própria autoestima dos idosos, é necessário que haja uma urgente integração social. Projetos voltados para esse público e esforços por parte da família em integrá-los ao cotidiano do lar são fundamentais. A ociosidade tradicionalmente associada à idade avançada deve ser esquecida, uma vez que eles são capazes de