Os gêneros literários
UNIDADE UNIVERSITARIA DE INHUMAS
DISCIPLINA: TEORIA LITERÁRIA
CURSO: LETRAS
PROFESSORA: ALESSANDRA GRANGEIRO
ACADÊMICA: IZADORA COUTO LINO GONÇALVES
OS GÊNEROS LITERÁRIOS
A essência lírica A essência lírica manifesta nos fenômenos estilísticos próprios. Quando a obra apresenta predomínio desses traços sobre os demais, se situa no ramo da Lírica. De fato, no fato lírico há sempre um eu que se expressa, advindo daí o subjetivismo atribuído a este tipo de composição. Não devemos, entretanto, confundir o eu lírico com o eu autobiográfico, já que o fato literário possui um universo fictício, onde os elementos da realidade concreta entram em tensão com o imaginário, para criar uma nova realidade, atrás da qual o autor desaparece. Portanto, o apregoado subjetivismo lírico independente do eu biográfico. É indiscutível a afetividade e a emotividade do clima lírico, sempre ligado ao íntimo e ao sentimento, tomando fluída e inconsistente a relação entre o sujeito e o objeto, isto é, entre o eu e o mundo. Quanto mais lírico o poema, menor será a distância entre o eu e o mundo, que se fundem e confundem. Quando aparecem descrições, análises, diálogos ou reflexões no poema, instaura-se um distanciamento entre o sujeito e o objeto e o clima lírico desvanece com a acentuação dos traços épicos ou dramáticos. A atitude fundamental lírica é o não distanciamento, a fusão do sujeito e do objeto, pois o estado anímico envolve tudo, mundo interior e exterior, passado, presente e futuro. Por isso Staiger denomina recondução a essência lírica, levando em conta a etimologia da palavra, do latim cor-cordis. Recordação que dizer “de novo ao coração”, isto é, aquele um-no-outro, em que o eu está nas coisas e as coisas estão no eu Tal integração só se admite numa obra lírica idealmente pura, o que é inconcebível em termos rigorosos. O poema tende para esta fusão, que será maior ou menor em função do estado