Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris
A dica cinematográfica de hoje é bastante diferente do que de costume. Pela primeira vez, vou recomendar um curta-metragem! Um filme bem novinho (de 2011), vencedor do Oscar de Melhor Curta-metragem de Animação de 2012 e que traduz muito do que eu penso e sinto com relação aos livros e à literatura. Com vocês, Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore (The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore).
Tudo começa com Morris Lessmore sentado de boa em sua sacada, escrevendo sua biografia, quando de repente um furacão varre a cidade onde ele mora, devastando tudo à sua volta. Desolado pela visão triste das ruas arrasadas e cobertas por páginas de livros destroçados, Lessmore anda sem rumo até se deparar com uma visão bastante peculiar: uma mulher que “voa”, guiada por livros voadores que a suspendem no ar e trazem de volta toda a cor e magia que foram sugadas da cidade destruída pelo furacão arrasador. Em um primeiro momento, Lessmore estranha aquela cena inusitada e tenta fazer seu próprio livro voar como os livros daquela moça – sem sucesso. Ao ver sua decepção, a mulher pede que um de seus livros voadores vá ao encontro de Lessmore e vai embora, levada pelos demais livros.
O livro que vai até Lessmore certamente chama mais a atenção dos nativos da língua inglesa do que a nossa, visto que o personagem que ilustra a obra é nada mais, nada menos que o icônico Humpty Dumpty, figura conhecida dos livros de poesia infantil clássicos da Grã-Bretanha e dos EUA. Humpty Dumpty convida Lessmore, então, a segui-lo e o homem, sem ter uma opção melhor, segue o livro voador, que o guia até uma casa em um local retirado – uma biblioteca, repleta de livros voadores e cheia de vida e magia. Dentro da biblioteca, além dos milhares de livros animados, Lessmore encontra uma parede repleta de retratos de pessoas – dentre elas, a mulher que ele vira há pouco.