Os Estóicos

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Irei fazer a análise textual do texto “A sabedoria estóica e o seu destino” de Jean Brun, um filósofo francês especialista em filosofia grega. A análise propriamente dita será feita através do posfácio do livro, onde este aprofunda e joga com diversos filósofos que vieram para engrossar a discussão sobre os Estóicos.
O sábio estóico parte da premissa de nihil admirari (não se admirar com nada), tendo como harmonioso a vivência com a natureza. Isto se contrapõe à visão de Platão que tem como ponto principal para a filosofia o espanto, como diz: “É própria de um filósofo esta disposição: espantar-se, e não há outro princípio para a filosofia; e quem fez de Iris a filha de Thaumas, não vai mal em genealogia”. Portanto, temos aqui dois extremos da filosofia, a do criador da metafísica e sua filosofia do espanto e os estóicos, materialistas e dotados de uma sabedoria da impassibilidade. E a própria pergunta do autor é a seguinte: Há algo que acaba e algo que começa com os Estóicos?
Para Nietzsche, a filosofia grega se resume aos pré-socráticos, que seriam os verdadeiros filósofos por problematizarem o Ser e o colocarem sob uma perspectiva trágica, se valendo de poemas para descreverem o espanto do homem face à natureza que o circunda. Como dito por Heidegger, o foco dos pré-socráticos era o esclarecimento do Ser. A verdade para eles não tem o nosso pressuposto intelectual positivista, onde se tenta entrar em um acordo lógico do pensamento ou uma relação de verdade entre sujeito e objeto, mas baseia-se no princípio de aletheia – verdade como desvelamento do ser (a-, negação, lethe, esquecimento, negação do esquecimento).
Por isso, Nietzsche vai contra o cientista da atual época, que se esquece do problema do Ser. A ciência moderna é dogmática e ocidental-cristã, busca provar uma teoria da revelação (Big-Bang) da mesma forma que a igreja (Deus), assim, se esquecendo do ponto principal das relações que existem no mundo, do Ser. No olhar atual do mundo, a ciência se

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