os deuses devem estar loucos resenha
É uma comédia que se desenrola em torno de uma garrafa vazia de coca-cola que cai de uma avioneta no deserto de Kalahari, em Botswana, no sul de África, e que é encontrada por um nativo de um grupo de bosquímanos. Este objeto completamente desconhecido pelos nativos é recebido como um “presente dos deuses”, colocando-nos assim diante da relatividade da cultura e dos seus significados.
Xi, o personagem principal, tem a tarefa de devolver o presente dos deuses, indo até o “fim do mundo” para completar seu objetivo.
Podemos observar o choque cultural, a partir do encontro da tribo de Xi com uma garrafa de coca-cola. Um simples objeto, feito de um material nunca visto antes, que a única explicação para sua origem é a divina, muda o seu modo de viver. Descobrem utilidades para ela, formas de deixar seus trabalhos mais fáceis. Porém acaba gerando a cobiça, que não existia antes, causando conflitos entre os próprios. A garrafa, antes um “presente dos deuses”, passou a ser vista por Xi, como uma maldição dos deuses.
Em sua jornada, quando Xi se desloca a caminho do fim do mundo, ele encontra outras pessoas diferentes dele e de sua realidade. Pessoas vestidas mesmo estando calor, uma mulher loira que era considerada como velha, pelos cabelos claros, seus meio de locomoção eram animais gigantes. Xi se depara com um povo totalmente diferente dele, desde sua aparência até seu modo de viver.
Do mesmo modo, o ponto de vista dos que veem Xi, retratam-no como um selvagem. Em um momento do filme, Xi vê um animal e o mata para consumo, pois para sua sociedade, os animais pertencem a sociedade, não há sentido de posse. Não entendeu por que foi preso e os tswana não entenderam que Xi agiu seguindo sua cultura. Do ponto de visata de ambas as partes, uma enxerga a outra como errado, pois é diferente do seu jeito. Para Xi,