Os deuses devem estar loucos. - RESENHA
Uma analise do encontro de diferente culturas.
Os Deuses Devem Estar Loucos. Jamie Uys.
“Os Deuses Devem Estar Loucos” Conta a historia de Xi, um aborígene que tem seu primeiro contato com a civilização ao tentar cumprir a missão de devolver uma garrafa de coca-cola encontrada na sua tribo, que eles achavam ser um objeto maligno, aos “deuses”. Com uma veia cômica o diretor aborda temas como racismo, religião, politica e o encontro de duas sociedades, uma civilizada e outra isolada de outras comunidades e de qualquer tipo de tecnologia mostrando a diferença cultural entre elas.
Xi vive numa comunidade Kalahari sem nenhum contato com a civilização, nem com outros tipos de sociedades. Adotados de uma cultura peculiar e uma filosofia de vida simples a tribo vive em paz e harmonia sem leis, utilizando de todo material natural para realizar suas atividades rotineiras como caça, escultura, culinária e etc... Acreditando que os deuses só mandam coisas boas e uteis aos humanos, e que mesmo em situações perigosas basta ter conhecimento saber se posicionar para conseguir se aproveitar daquela situação.
Mas toda essa concepção perfeccionista da divindade se torna duvidosa quando uma garrafa vazia de Coca-cola cai em terra jogada por um piloto de avião. Quando a tribo encontra a garrafa descobrem varias utilidades para tal, assim consideram um presente divino, mas logo a única garrafa desperta sentimento de egoísmo nos nativos, pois todos precisam ao mesmo tempo do utensilio. O sentimento egoísta, até então novo para os nativos, desperta vários outros sentimentos desconhecidos como ódio e desunião. Xi quando percebeu que a garrafa desequilibrava e tirava a harmonia do seu povo decide então começar uma caminhada até o fim do mundo para jogar lá, já que os deuses não aceitavam de volta, seu “objeto maligno”.
O homem da tribo tem seu primeiro contato com a civilização ocidental quando ele encontra uma mulher branca, alta e de cabelos lisos.