Os complexos regionais brasileiros
O conceito de Região é um dos mais importantes da Geografia. Abordada por diversas correntes do pensamento geográfico, a região é uma subdivisão do espaço definida a partir de critérios objetivos pré-estabelecidos por quem faz a regionalização.
Existem regionalizações formais e informais. Há, ainda, regionalizações administrativas e científicas. Para entendê-las melhor, analisaremos as principais formas de divisão regional do Brasil.
A divisão oficial do Brasil, feita pelo IBGE, é um exemplo de divisão formal e administrativa. Ela contém as cinco Macrorregiões do país: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa divisão baseia-se nas características naturais do território nacional (relevo, clima) mas também se dá em função da composição social e dos atributos econômicos.
Obedecendo os limites das fronteiras entre os estados da federação, essa divisão regional facilita a compreensão das realidades nacionais a partir das informações estatísticas produzidas e agrupadas por cada estado. Esses dados são usados por prefeitos, governadores e pela presidência para planejar as ações governamentais sobre os territórios.
Sendo muito genérica a divisão do Brasil em macrorregiões, o IBGE elaborou subdivisões mais profundas que permitissem o trabalho de planejamento territorial de forma mais eficiente. Assim surgem as Mesorregiões e as Microrregiões.
As mesorregiões se diferenciam pela estrutura produtiva ou por elementos naturais muito marcantes. As Microrregiões são diferenciadas essencialmente pelas formas dominantes de uso do solo e pela relevância de um centro urbano regional.
Um exemplo de divisão informal e científica do Brasil é a divisão em Complexos Geoeconômicos Regionais. Contemplando as características econômicas do território, inclusive os processos históricos que marcaram sua apropriação, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger elaborou uma divisão que não obedece aos limites dos estados do Brasil.