os companheiros
CENTRO DE FILOSOFIA E SERVIÇO SOCIAL ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL SERVIÇO SOCIAL I
Professor: José Paulo Neto
Aluna: Elaine Cristina Locan
RESENHA DO FILME: Os companheiros
Direção de Mario Monicelli - 1963. O filme se passa na transição do capital concorrencial para o capital monopolista no final do século XIX. Em um processo de desenvolvimento desigual e combinado a Itália se instituía como um país periférico e atrasado. Dentro deste contexto, o presente trabalho tenta aludir à intervenção do Estado frente à luta por melhorias das condições de trabalho dos operários, bem como analisar as expressões da “questão social” que surgiram em Turim no período acima retratado. O filme trata da história dos operários de uma fábrica têxtil em Turim, os quais trabalhavam em condições insalubres, com a super exploração de homens, mulheres, idosos e crianças. Essas características marcam a forma como o capital impõe as suas leis para garantir a extração máxima de mais-valia garantindo os super lucros. Os trabalhadores, além de serem expropriados de seus meios fundamentais de produção, eram desprovidos de qualquer direito social, viviam em péssimos casebres sem nenhuma salubridade, o que proporcionava uma infinidade de doenças e mortes pelas mesmas. Com o avanço da industrialização na cidade de Turim, o desenvolvimento das forças produtivas não possibilitou melhoras nas condições de vida dos trabalhadores, pois no modo de produção capitalista as expressões da “questão social”, o pauperismo, são consequências necessárias e inerentes à ordem do capital, dada a riqueza socialmente produzida e a acumulação cada vez mais privada. Na fábrica têxtil onde os trabalhadores sofriam a exaustão pela extensa jornada de trabalho, um operário acabou perdendo um braço, o que despertou uma grande revolta entre os trabalhadores. Passaram a questionar a longa jornada de trabalho, reivindicando a redução do tempo com o patronato. Com