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Vila ferroviária preserva patrimônio do século XIX
Paranapiacaba, localizada a 50 km de São Paulo, é candidata a patrimônio da humanidade pela UNESCO
A cidade preserva, no alto da Serra do Mar, um importante patrimônio histórico: a vila de Paranapiacaba. Localizada a 50 km da capital a vila nasceu a partir de 1860, com a instalação do acampamento dos trabalhadores da construção da primeira ferrovia do Estado de São Paulo, que ligaria o porto de Santos e o planalto. A ferrovia entrou em funcionamento em fevereiro de 1867, dando um grande impulso na economia com o aumento do volume do transporte do café, até então era transportado no lombo de burro numa viagem que poderia demorar vários dias.
O aumento do volume do transporte do café torna necessária a construção de uma segunda linha no final do século XIX. A ampliação demandou a permanência de um número significativo de trabalhadores para manutenção e operação da ferrovia. A empresa responsável pela operação da ferrovia, a São Paulo Railway Company (SPR), decide então construir a vila para abrigar estes trabalhadores.
A construção da vila, na Parte Baixa, segue as características inglesas com construções em madeira. Ao mesmo tempo, do outro lado da linha, na Parte Alta, são instaladas a Igreja Católica e o comércio para abastecer a vila. Em 1946, com a fim da concessão da ferrovia, a SPR é encampada pela União e passa a se chamar Estrada de Ferro Santos – Jundiaí. A Rede Ferroviária Federal S. A. (RFFSA) assume a ferrovia em 1957. Em 1974 foi implantado um novo sistema de cremalheira.
Desde 2008 Paranapiacaba é candidata a patrimônio da humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Em outubro a candidatura foi incluída na lista indicativa brasileira que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) encaminhará à UNESCO.
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