Os camelos também choram
E a diferença entre humanos e animais. É em nossas diferenças que aprendemos o significado das culturas que temos e que os animais também podem ter, que existem coisas parecidas entre nos humanos e animais, e a cultura humana não existe sem a dos animais, porque somos uma espécie de animal evoluído e aprendemos tudo o que temos na nossa cultura com algumas formas de vida do animal. “Os Camelos também choram” mostra muito isso. O filme mostra sobre a vida de criadores de camelos e cabras. E era época de nascimento dos camelos, e no nascimento acontecia um ritual, que indicava o nascimento do primeiro camelo do ano, é abençoado e enfeitado com uma espécie de teara colorida. Nasceram todos os outros filhotes, é no último nascimento de camelo que o filme começa a contar sua historia. Um camelo-fêmea tem o primeiro parto, e ela sofre muito, leva dois dias para concluir o parto. O filhote nasceu albino. Coisa rara entre camelos. A mãe passa a rejeitar o filhote, mas o filhote necessita do leite dela para sobreviver, toda criança necessita de pais até certo ponto da vida, o filhote tenta se aproximar da mãe, mas a mãe não aceita e acaba dando coices em seu filhote. Os motivos de sua rejeição com o filhote e o pelo branco e o parto sofrido, e o instinto dela não consegue aceitar a presença do filhote por esses motivos. Assim como na vida entre humanos ocorrem rejeições na vida animal também ocorre vários casos. Mas o filhote do filme é insistente, assim como muitos pais e filhos também são muito insistentes e racham a cabeça para compreender o mundo de ambos e tolerar diferenças inevitáveis, e mostra que ah sim soluções para entender, e no filme mostra que no ritual feito com o camelo–fêmea e seu filhote que existem sim relações de mãe e filhos e que se amam, e o camelo acaba chorando. O filme trata da vida com bases nas suas origens, longe de eletrônicos e globalização, uma vida root.