arte
Tomando como partida um ótimo texto publicado por um amigo do portal Obvious, o Edivan Santos, sabemos que a arte conceitual define-se como o movimento artístico que defende a superioridade das ideias veiculadas pela obra de arte, mas até aonde isso é válido? Revendo a polêmica.
Nesse texto são levantadas questões como “o que você diria se alguém perguntasse o que é arte?”, “E se alguém perguntasse se um cachorro morrendo de fome é arte? O que você pensaria?” A obra de arte está representando um caminho de difícil discussão. Se a discussão sobre possível definição não é recente, a solução (caso exista) não será encontrada aqui. Mas vale fazermos uma reflexão sobre os rumos da arte na sociedade.
Ao decorrer do texto, levanta-se abordagens de casos como o do Habacuc (Guillermo Vargas), o qual se envolveu em uma grande polêmica ao usar um cachorro amarrado para ser sua obra de arte em uma exposição na Nicarágua no ano de 2008. Para Habacuc, deixar o cachorro morrer era a "obra de arte". A diretora da galeria informou aos órgãos de imprensa que o cão fugiu no dia seguinte ao evento.
Continuando com alguns pontos do texto, o artista Piero Manzoni teve um gesto que não foi gratuito, mas sintomático. Ou melhor, uma criação. Esse artista enlatou suas fezes e vendeu a preço de ouro. Cada grama de fezes correspondia ao valor do grama de ouro. Esse gesto foi sintomático para muitos, pois ele previu os rumos da obra de arte. Como o objetivo aqui não é reproduzir o texto de Edivan Santos, mas fazer uma reflexão da Arte Conceitual a partir do seu texto, reconhecendo que essa discussão não será esgotada e a solução não será encontrada aqui e menos ainda terá algo profundo, então, poderemos iniciar com o entendimento de que, apesar das diferenças, pode-se dizer que a arte conceitual é uma tentativa de revisão de noção de obra de arte arraigada na cultura ocidental. A arte deixa