Os Borgias e Maquiavel
A obra de Maquiavel teve inspiração em Cesare Borgia, filho do papa Rodrigo Borgia na Renascença. Seu objetivo era ser um guia político para o príncipe Lorenzo de Médice com exemplificações verídicas de como o principado deveria ser administrado.
A concepção de correto de Maquiavel era um espelho da Itália Renascentista, onde o privilegio era todo do interesse privado, que afetava negativamente os interesses coletivos. O príncipe tem total autoridade para tomar qualquer atitude afim de manter o poder. Essa é a razão da frase “Os fins justificam os meios” que é seguida a partir das ideias de Maquiavel.
No caso dos Borgias, a família papal fazia qualquer coisa para manter o poder em suas mãos. No capítulo “Como deve agir um Príncipe para ser estimado”, os exemplos citados podem ser observados na série. Por exemplo quando o autor diz que o príncipe deve procurar a partir de suas ações ganhar grandeza e fama, principalmente através da sua majestade. A neutralidade é um caminho a ser evitado, tendo sempre em vista um amigo ou inimigo declarado, e este não ser nunca mais poderoso que a si mesmo.
Depois que o Papa descobre que há um herege indo contra os princípios da igreja, ele procura na bíblia algum escrito que possa combater o homem. Ele se declara inimigo da igreja e é forçado a se confessar, porém se nega a fazer isso e é queimado vivo em praça pública. É visível os ideais de Maquiavel neste ponto, devido o homem ir contra a igreja e como consequência ser morto. Porém, mesmo o Papa se dispondo a perdoar os pecados cometidos, o fato de ter se recusado a pedir desculpas, o condenou a morte. Esta é a prova do poder do sistema papal, sendo algo muito mais político do que religioso, já que o Papa podia decidir o destino daqueles que pecavam ou seguiam os dogmas.
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