Maquiavel e os Bórgias
De cara temos a figura do Papa de Roma, que deseja mais do que tudo ser estimado. Para isso, ele não se abstém de utilizar métodos cruéis e desafiadores. Um dos exemplos foi ter apontado o padre Savonarola de infidelidade aos representantes de Deus na Terra e à Igreja como um todo.
Desafiado a andar sobre o fogo, Savonarola não obteve êxito e assim, a população deixou de o seguir. O principal objetivo do Papa era que a população enxergasse Savonarola como mentiroso ou culpado e que isso servisse de coerção para o povo como se fosse um alerta para não desafiarem uma autoridade suprema porque cedo ou tarde seriam punidos.
Porém, até o final do episódio, o padre foi forte e mesmo sob tortura continuou calado em negação a tal submissão, o que enfureceu ainda mais o Papa. Este também se preocupava com a reputação de seu território nas guerras e devido ao insucesso de seu filho “pródigo” (Cesare), pediu o afastamento do rapaz, que voltou fugido e muito ferido de uma das batalhas. Era importante exibir grandes virtudes para não cair na Ridicularidade.
O irmão, representante da Igreja, parecia se incomodar com as conquistas e estima que Cesare tinha com o pai. Cesare era fiel à família e alegava fazer tudo em nome de seus entes, mas acabou sendo impedido porque foi morto pelo próprio irmão no final do capítulo. - Havia uma disputa de poder entre eles muito forte e no fundo todos sabiam.
O Papa também sabia que não era uma figura querida entre os seus próximos e procurava métodos para se defender. O desejo de casar a sua filha Lucrécia com um nobre poderoso tinha objetivos maiores, porque como ele mesmo disse, o casamento dela representava o casamento da família Bórgia.
Tal aliança (Lucrécia-Calvino) proporcionaria maiores riquezas, uma amizade entre dois territórios e uma união contra inimigos em comum, o que no