Os blocos econômicos
Os blocos econômicos regionais
Por que muito estados estão, embora com certa relutância, aceitando abdicar parcialmente de sua soberania para fazer partes dos blocos econômicos comerciais?
A integração econômica de vários países, culminando com o surgimento dos blocos econômicos regionais, responde a uma questão primordial colocada pela lógica do sistema capitalista. Em uma economia globalizada e cada vez mais competitiva, a constituição desses blocos visa dar resposta à constante necessidade de lucros, de acumulação de capitais.
Procurando diminuir ao máximo as barreiras impostas pelas fronteiras nacionais aos fluxos de mercadorias, de capitais, de serviços ou de mão de obra, os integrantes desses blocos fortalecem-se diante de países isolados ou de outros blocos de países.
Os países podem se organizar em diferentes tipos de blocos: os mercados comuns, as uniões econômicas e monetárias, as zonas de livre comércio e as uniões aduaneiras. No caso de um mercado comum, como é a União Europeia (EU), por exemplo, busca-se uma padronização da legislação econômica, fiscal, trabalhista, ambiental, etc. Entre os resultados estão a eliminação das barreiras alfandegárias internas e a padronização das tarefas de comércio exterior e a liberação da circulação de capitais, mercadorias, serviços e pessoas no interior do bloco. No caso da União Europeia, o auge da integração seria a implantação de uma moeda única em 2002, o que exigiu a criação do Banco Central Europeu. Assim, o bloco atingiu a condição de união econômica e monetária, único exemplo no mundo até o momento, embora continue também funcionado como um mercado comum.
Em zonas de livre comércio, como o Acordo Norte-americano de Livre Comércio (Nafta) e a futura Área de Livre Comércio das Américas (Alca), o objetivo integracionista é bem menos ambicioso. Busca-se apenas a gradativa liberalização do fluxo de mercadorias e capitais dentro dos limites do bloco; no caso do Nafta, esse fluxo