os astecas na véspera da conquista espanhola
O autor inicia o capítulo VII fazendo uma analogia dos mexicanos com as grandes culturas que tiveram a preocupação de se diferenciar das culturas que os cercavam “Gregos, romanos, chineses sempre opuseram sua “civilização” a “barbárie” [...]”, criando uma categorização entre bárbaros e civilizados. O termo bárbaro foi utilizado para designar todas as tribos nômades que viviam no norte do México, entre elas os astecas, que num processo de migração chegaram ao México central entrando em contato com a cultura Tolteca.
Esses dois polos bárbaro e civilizado eram representados pelos chichimecas e os toltecas sendo os chichimecas os bárbaros do norte, na visão do índio sedentário urbano eram os que não tinham hábitos e costumes iguais aos seus, pois tinham uma vida nômade não construíam casas não conheciam a técnica de se fazer o fogo e por isso comiam carne crua. “Eram chamados 'teochichimeca', isto é, completamente bárbaros, ou ainda 'zacachichimeca', ou seja, homens silvestres [...]”.
Essa categorização foi feita pelos mexicanos do centro que tinham a visão que sua cultura era superior “Essa noção de uma cultura superior implicava, ao mesmo tempo, certos conhecimentos e a prática de algumas artes um modo de vida estabelecido e um comportamento adequado a determinadas regras”. Tal superioridade era justificada por se declararem descendentes dos toltecas, que seriam os civilizados, que colonizaram o México central e introduziram sua cultural. Mas sabiam da existência de culturas que poderiam se igualar a sua e outras que seriam inferiores, atrasadas sendo taxadas como bárbaras, como as tribos do norte que tinham continuado nem estágio de barbárie. “ Com isso não se opunham somente aos chichimecas, que haviam permanecido no estágio de vida errante e selvagem, mas também aos rústicos otomis, aos povos popolocas, “que falavam uma língua bárbara”