Os anabatistas
Os anabatistas surgiram primeiro na Suíça em função da liberdade que existia nesse país. Nem o feudalismo nem o papado tinham sido capazes de preservar o apoio desta terra de intrépidos soldados mercenários. A insistência de Zwínglio na Bíblia como fundamento da ação dos pregadores encorajou a formação de conceitos baseados na Bíblia.
Conrad Grebel (1498-1526) pode ser tido como o fundador do movimento anabatista suíço. Membro de uma influente família nobre, recebeu uma excelente educação nas universidades de Viena e Paris. Depois de sua conversão, em 1522, trabalhou ao lado de Zwínglio até romperem em 1525. O primitivo ensino de Zwínglio de que o batismo infantil não tinha base bíblica o atraía. Em 1525 o Conselho de Zurique ordenou a Grebel e a Felix Manz, outro culto líder anabatista, que desistissem de promover reuniões de estudos bíblicos. George Blaurock foi batizado por Grebe em 1527 e depois batizou Grebel e vários outros. Ao mesmo tempo, porque muitas pessoas perderiam sua cidadania, Zwínglio desistiu da sua primitiva concepção da falta de fundamento bíblico para o batismo infantil. Os anabatistas mais radicais que se opunham ao controle da religião pelo estado estavam pondo em perigo os seus esforços de convencer as autoridades conservadoras ainda indecisas a passarem para o lado da reforma. De início, Zwínglio usava a técnica do debate para persuadi-los a mudar de idéia, mas quando o método falhou, o conselho adotou medidas drásticas, como multas e exílio. Em 1526, o conselho decidiu punir com a morte por afogamento todos quantos esposassem os princípios anabatistas. O movimento praticamente não existia mais em Zurique em 1531, devido à perseguição que obrigou cristãos humildes a emigrarem para outras regiões. Os Amish da Pensilvânia vieram desse grupo.
Balthasar Hubmaier (1481-1528), um dos primeiros anabatistas alemães, de excelente educação, era doutor em teologia pela Universidade de Ingolstadt, onde foi aluno de John Eck,