Spa urbano
Origens da palavra
Os banhos termais como prática ligada à saúde e ao bem-estar remontam, portanto, à Antiguidade Clássica, sendo famosas as termas romanas e a sua evolução no Oriente: os famosos banhos turcos. As primeiras termas nasceram em locais onde era possível desfrutar de nascentes naturais de água quente ou dotadas de propriedades curativas. Com o tempo, sobretudo durante a era imperial, difundiram-se também dentro das cidades, graças ao desenvolvimento de técnicas de aquecimento da água. Os antigos romanos, porém, usavam as termas mais como lugar de relaxamento e socialização do que como espaços terapêuticos.
A palavra spa deriva do nome da cidade belga de Spa, conhecida na Roma Antiga como Aquae Spadanae.[1][2] Já no Medievo, doenças causadas por deficiência de ferro eram tratadas pela ingestão de água mineral calibada (água ferruginosa), e, em 1326, o mestre ferreiro valão Collin le Loup anunciou ter sido curado graças à água da fonte (em valão, espå, sipå ou spå) próxima a Liège.[3]. A afirmação de que a palavra spa seria um acrônimo da expressão latina salus per aquam ou "sanitas per aquam"("saúde pela água"), parece carecer de fundamento.
No século XVI, na Inglaterra, as antigas práticas romanas dos banhos medicinais foram retomadas em Bath, originalmente uma estância termal romana. Em 1571 William Slingsby, que tinha estado na cidade belga de Spa (que ele chamou Spaw) descobriu uma fonte de água calibada em Yorkshire, no local que viria a ser conhecido como Harrogate — a primeira estação de águas da Inglaterra. Em 1596 o Dr. Timothy Bright chamou o lugar de The English Spaw, introduzindo o uso da palavra spa em sentido genérico.
O uso