ANABATISTAS
Anabaptistas ou anabatistas ("re-batizadores", do grego ανα (novamente) + βαπτιζω (baptizar); em alemão: Wiedertäufer) são cristãos sectários do anabatismo, a chamada "ala radical" da Reforma Protestante. Os anabatistas não formavam um único grupo ou igreja, pois havia diversos grupos chamados genericamente de "anabatistas" com crenças e práticas diferentes e divergentes. Eles foram assim chamados porque os convertidos eram baptizados apenas na idade adulta, por isso, eles re-baptizavam todos os seus prosélitos que já tivessem sido baptizados quando crianças, pois creem que o verdadeiro baptismo só tem valor quando as pessoas se convertem conscientemente a Cristo. Desta forma os anabatistas desconsideravam tanto o batismo católico quanto o batismo dos protestantes luteranos, reformados e anglicanos.
O primeiro uso do termo anabatistas ocorreu após o Segundo Concílio de Cartago no ano 225 quando 87 bispos sob a direção de Cipriano de Cartago decidiram rebatizar os fiéis das igrejas adeptas novaciano, porém o bispo da Igreja Católica papa Estevão I combateu a aceitação do batismo feito por grupos cismáticos.
Em primeira instância, os grupos que realizavam o rebatismo eram os adeptos do montanismo e novacianismo até o século IV, os seguidores do donatismo até o século X na África, os paulicianos condenados pelo código justiniano pelo anabatismo em 525 depois de Cristo.
O anabatismo moderno surgiu durante a Reforma Protestante do século XVI. A Reforma, baseada nos princípios de justificação pela fé e do sacerdócio universal, levou ao desenvolvimento da doutrina de adesão voluntária do crente à Igreja.2 Contudo, enquanto Lutero, Calvino e Zuínglio mantiveram o batismo infantil e a vinculação da igreja ao Estado, os anabatistas liderados por Georg Blaurock, Conrad Grebel e Félix Manz ansiavam por uma reforma mais radical.
O que é único na Teologia Anabatista, principalmente depois de Menno Simons, é a visão sobre a natureza de Cristo, possui uma doutrina