Os acordos de unificação da língua portuguesa ao longo da história
Palavras-chave: Língua portuguesa, unificação ortográfica, acordos políticos e mudanças.
Há mais de uma década, a possível reforma ortográfica da língua portuguesa tem sido alvo de comentários e especulações nos meios acadêmicos, em agências de notícias e em quase todos os ambientes sociais de nosso país. Mas, ao que tudo indica, essa história está longe de ter um fim.
A ortografia – do grego orto- (reto, direito, correto, normal) e –grafia (representação escrita de uma palavra) – é, de acordo com o dicionário Houaiss, “o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa que ensina a grafia correta das palavras”. Observe que tal definição apresenta o termo “grafia correta”. No entanto, torna-se uma tarefa difícil e polêmica julgar o que é, ou não, correto na escrita portuguesa; uma vez que esta pode ser alterada ao longo do tempo, de acordo com as necessidades de evolução da língua. É curioso notar que muitas pessoas são criticadas ao cometerem os famosos “erros” ortográficos. Mas, segundo a doutora em Letras Elis de Almeida Cardoso, “as confusões ortográficas são totalmente compreensíveis, uma vez que nenhum sistema gráfico é perfeito – a escrita é uma tentativa de representação da fala e, por isso, ninguém conseguirá escrever exatamente como fala”.
A necessidade de padronização da língua escrita surgiu, justamente, a partir da dificuldade encontrada em registrar palavras baseando-se na fonética, pois, o modo de pronunciação varia de acordo com a cultura de cada povo. Devemos levar em consideração o fato de o Brasil