Os 4 P’s da Danone Em entrevista exclusiva, Gioji Okuhara, diretor-geral da Danone no Brasil, revela seu projeto para acelerar o crescimento da empresa, baseado em produto inovador, produtividade, ponto-de-venda excelente e pessoas. Ele celebra os resultados positivos já alcançados Gioji Okuhara assumiu a direção geral da divisão de lácteos da Danone no Brasil em 1999 para comandar uma pequena revolução. A empresa tinha de se diferenciar das “tubaínas do mercado de iogurtes”, pequenos fabricantes regionais que surgiram com a explosão de consumo do Plano Real, e também das grandes empresas nacionais e regionais, como Nestlé, Parmalat e Vigor. Primeiro, ele foi agressivo na melhora do relacionamento com o varejo, pois é no ponto-de-venda que se agrega valor ao consumidor, como diz. Depois, fez a aquisição de uma forte concorrente regional, a Paulista. E, agora, investe no aumento do mercado de iogurtes com inovações em sabor e um trabalho de educação do consumidor quanto à alimentação saudável e à praticidade. Sinopse Em entrevista exclusiva a Carlos Alberto Júlio, presidente da HSM do Brasil, Okuhara detalha sua estratégia de 1999 para cá e fala do futuro. Ele conta, por exemplo, que sua pequena revolução já está surtindo efeito: em 2002, ano em que a economia foi tímida, o consumo de iogurte por pessoa no País cresceu 25%, de 3 kg para 4 kg. E a Danone já atingiu faturamento de R$ 1 bilhão. O projeto para acelerar o crescimento da Danone brasileira no futuro se traduz em quatro Ps, como adianta Okuhara: produto diferenciado, produtividade, ponto de venda excelente (é onde se executam as estratégias) e pessoas. Ele revela ainda que faz questão de visitar os pontos-de-venda pessoalmente, observar os consumidores e conversar com eles. Só assim, acredita, pode antecipar-se às novas tendências. A Danone, de origem francesa, chegou ao Brasil em 1970, com um produto super-revolucionário para a época, o iogurte com polpa de frutas. Ao longo dos anos ela vem crescendo, mas