Orçamento de capital
Orçamento de capital é uma ferramenta gerencial necessária. Uma das responsabilidades de um administrador financeiro é escolher investimentos com fluxos de caixa e taxas de retornos satisfatórios. Portanto, um administrador financeiro deve ser capaz de decidir se um investimento é um empreendimento valioso ou não e for capaz de escolher, inteligentemente, entre duas ou mais alternativas. Para conseguir isso, é necessário um sólido conjunto de procedimentos para avaliar, comparar e selecionar projetos. Esse conjunto de procedimentos é chamado de orçamento de capital.
O capital é um recurso muito limitado, seja na forma de capital de terceiros, seja na de capital próprio. Existe um limite de crédito que o sistema bancário pode criar na economia. Os bancos comerciais e outras instituições financeiras têm depósitos limitados sobre os quais podem emprestar dinheiro para pessoas, empresas e governo. Além do mais, o Banco Central exige que cada banco, através do depósito compulsório, mantenha parte de seus depósitos a vista como reservas. A existência de recursos limitados para emprestar faz com que as instituições financeiras sejam seletivas ao concederem empréstimos para seus clientes. Mesmo se um banco conceder crédito ilimitado para uma empresa, a administração dessa empresa, antes de tudo, deveria considerar o imposto do incremento dos empréstimos sobre o custo total do financiamento.
Na realidade, qualquer firma tem limitados recursos emprestados, que devem ser alocados entre as melhores alternativas de investimento. Alguém poderia argumentar que uma empresa pode emitir uma quantidade quase ilimitada de ações ordinárias para levantar capital. Entretanto, aumentar o número de ações da companhia só serve para distribuir o mesmo montante de patrimônio líquido entre um maior número de acionistas. Em outras palavras, à medida que o número de ações da companhia aumenta, a parcela de participação de cada acionista no capital da empresa cai