ORTOGRAFIA
Jeferson da Silva Alves (PREPES/PUC-MG) jefersonsalves@gmail.com Uma língua falada em vários países, algumas palavras neles adquirem sentidos diversos (Arias, 1998, p. 57).
INTRODUÇÃO
Um dos temas que diverge no ensino de espanhol como língua estrangeira – E/LE para brasileiros é o dos falsos amigos, os quais muitos autores fazem mistura com os falsos cognatos e os heterossemânticos. Em nossa pesquisa também trabalharemos com essa perspectiva, de que os falsos amigos, os falsos cognatos e os heterossemânticos são sinônimos.
Segundo Sabino (2006, p. 251), “geralmente as expressões falsos cognatos e falsos amigos são consideradas sinônimas e por isso são utilizadas para designarem um mesmo fenômeno lingüístico”.
Para a autora, não havia uma conceituação do termo (falso amigo) que fosse livre de contradições. Para ela, “não havia uma definição adequada e que fosse de aceitação unânime sobre essa questão” e conclui que “havia quem se baseava na etimologia para identificar um “falso amigo” [e] aqueles que desconsideravam a importância de sua origem e outros autores que, ao classificarem vocábulos como
“falsos cognatos”, incluíam, em sua definição, todos os vocábulos
[com etimologia] comum, quanto aqueles sem etimologia comum”.
Sobre os falsos amigos, Alves (2002, p. 2) explicitou que “a denominação […] é pueril, não científica, contudo, tal denominação é adotada pelos livros didáticos que abordam de maneira jocosa, cômica essas armadilhas”.7
Podemos ver que não há distinção destas palavras, por exemplo, em Andrade Neta (SD: 7). Onde se ler:
La denominación […] es pueril, no científica, sin embargo, tal denominacion es adoptada por los libros didácticos que tratan de manera jocosa, cómica esas trampas”. Trad. pelo autor (TA).
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Vocábulos heterossemânticos. Este grupo se compõe dos chamados falsos amigos ou falsos cognados muito abundantes entre as duas línguas e os mais perigosos, já que