Origens trágicas da erudição
Um bom historiador precisa estar em constante contato com as fontes. Leopold Von Ranke dizia “o dia passa depressa quando se estuda” (GRAFTON, 1998, p.43). O conhecimento real da História se dá com o estudo compenetrado, na busca das fontes. Este episódio demonstra quem foi e os motivos que levaram Ranke a se tornar o verdadeiro paradigma da História científica. Seu desejo de estudar e buscar os tesouros nas fontes, eram as recomendações dadas aos seus alunos. Isto vai até o final de sua vida. Mesmo aposentado, já aos 82 anos de idade, dedicava-se horas inteiras aos estudos de documentos.
Ranke com os estudos e análises dos documentos históricos, com seus escritos, conferências e seminários converte centenas de jornais à crença de que a história, estudada de maneira certa, permitia aos estudiosos da História e a Alemanha por ordem no caos do mundo moderno.
Na busca de interpretações dos fatos se deve recorrer à analise crítica dos documentos originais, sejam eles obtidos através de arquivos, cartas, biografias ou crônicas. E foi agindo com seriedade e buscando interpretar as fontes historiográficas que Ranke iniciou um método inovador na historiografia.
Ranke se torna um símbolo aos historiadores do século XX, pois, este século de grandes desafios, de constantes revisões de conceitos e conhecimentos, na perspectiva de aprender mais, mas não se perdendo de vista as fontes originais.
Anthony Grafton, em seu livro “As origens trágicas da erudição”, abre possibilidades para o entendimento da cientificidade da História. Resgata o processo histórico das notas de rodapé, que são importantes para os historiadores, pois, fornecem suportes empíricos e argumentos necessários as histórias narradas. Onde as fontes originais