Origens da teoria da contigência
A Teoria da Contingência surgiu a partir de várias pesquisas feitas para verificar os modelos das estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas. Os resultados das pesquisas conduziram a uma nova concepção da organização e o seu funcionamento é dependente da interface com o ambiente externo. Verificaram que não há um único e melhor jeito de organizar. Essas pesquisas e estudos foram contingentes, no sentido em que procuraram compreender e explicar o modo como as empresas funcionavam em diferentes condições que variam de acordo com o ambiente ou contexto que a empresa escolheu como seu domínio de operação.
Pesquisa de Chandler sobre Estratégia e Estrutura
Alfred Chandler realizou uma investigação histórica sobre as mudanças estruturais de grandes organizações relacionando-as com a estratégia de negócios. O autor estuda a experiência de quatro grandes empresas americanas (Dupont, General Motors, Standard Oil e a Sears Roebuck), e examina comparativamente essas corporações americanas demonstrando como a sua estrutura foi sendo continuamente adaptada e ajustada a sua estratégia.
Para Chandler, as grandes organizações passaram por um processo histórico que envolveu quatro fases distintas: 1- Acumulação de recursos: Iniciada após a guerra de sucessão americana (1865). Nessa fase, as empresas preferiam ampliar suas instalações de produção a organizar uma rede de distribuição. A preocupação com as matérias-primas favoreceu o crescimento dos órgãos de compra e aquisição de empresas fornecedoras. Daí o controle por integração vertical que permitiu a economia em escala. 2- Racionalização do uso dos recursos: Foi iniciada em pleno período de integração vertical. As empresas verticalmente integradas tornaram-se grandes e precisavam ser organizadas. Os custos precisavam ser contidos por meio de uma estrutura funcional com clara definição de linhas de autoridade e comunicação. Para reduzir riscos de