Origens da Idade Média
Essa fase causou diferentes opiniões, principalmente para os renascentistas e iluministas que acreditavam ser um século retido e prejudicial. Porém, houveram opiniões construtivas, dentre elas estava a de Henri Pirenne, cuja tese foi aceita durante vinte anos, e mesmo hoje não sendo considerada por nenhum historiador, não anula o mérito de sua obra sobre o medievalismo.
No livro “Mahomet et Charlemagne”, Henri Pirenne aborda que os sarracenos foram a causa da ruptura entre a Antiguidade e a Idade Média. A expansão marítima sarracena, ocasionou no desaparecimento do comércio, promovendo a escassez da moeda e, consequentemente, a perda do poder politico, econômico e atribui relevância ao Mediterrâneo. Para Bark, tal afirmativa é equívoca, pois a sociedade já presenciava o enfraquecimento do poder centralizado, e a crescente influência da Igreja. E se os povos da Europa Ocidental nada tivessem para transportar, pouca alteração fazia se o mar estivesse fechado ou não.
Na arte e nas letras Pirenne pouco menciona a contribuição de Boécio denominado “o primeiro dos escolásticos” e Cassiodoro sobre sua dedicação à vida religiosa. Demonstra que o uso do latim simples não era um indício de qualquer isolamento da antiga tradição, mas sim, que a igreja facilitava a língua para a compreensão dos demais. No entanto, os fatos carecem de uma análise diferente, pois ao facilitar o latim, conclui-se que era outro declínio cultural, e que tais linguagens simples eram devido ao analfabetismo da população.
No decorrer dos séculos as importações do Império excederam suas exportações, o Estado adotou medidas de urgência, como por exemplo, a mescla da prata no ouro, a estocagem de ouro em barras e diversos outros fatores que resultaram na economia natural parcial.
Mesmo que o recolhimento