Origem Dos Mapas
Os mapas surgiram muito antes das grandes navegações dos séculos XV e XVI. Mesmo nas sociedades mais primitivas, o homem sentiu necessidade de localizar recursos, pontos importantes e caminhos especiais. Como essas informações eram importantes para sua própria sobrevivência, valiam-se dos mais variados meios e formas para documentá-las.
Nota-se, assim, que o mapa não é e nunca foi somente um desenho, mas um conjunto de informações visuais. Observe abaixo uma série de mapas antigos que serviram para ajudar a sociedade a entender o espaço que habitava.
O mapa de Gazua data de 2500 a.C. e tem origem na Mesopotâmia. Ele se preocupava em representar os principais rios da região, especialmente o Eufrates e o território nas proximidades. Trata-se de uma pequena placa feita de barro, com representações sulcadas e esculpidas.
Na China Imperial, muitos mapas foram produzidos e utilizados por navegantes, que documentavam suas viagens e depois entregavam as informações ao seu soberano. Nessa imagem, o líder da frota, Zheng Fie, criou um verdadeiro guia de sua expedição no século XV.
Durante a Idade Média Europeia, os mapas eram também uma representação da religiosidade e do poderio da Igreja Católica. Neles, muitas vezes, a cidade de Jerusalém (sagrada, para o cristianismo) ocupava o centro do mundo. Um exemplo desses mapas aparece em um “Livro de Salmos”, do século XIII.
Quando o comércio atinge o apogeu na Europa, tem início uma corrida para descobrir e conquistar novas terras, em busca de mais mercadorias, Dessa forma, a cartografia ganha uma dimensão ainda maior, pois dela dependia o sucesso das expedições e, portanto, das empreitadas comerciais. Nesse período popularizam-se os chamados portulanos, isto é, roteiros do litoral por onde os navios passavam. Eles se preocupavam em orientar os navegantes naquele local, mas sem contar ainda com a precisão das latitudes e longitudes, que só passariam a ser usadas muito tempo depois.
Observe um portulando: